Alimentação. Comer,comer… como isso é influenciado pela cultura, não é mesmo? Minha amiga Maria Lucia recentemente escreveu um texto delicioso sobre as deliciosas tanajuras comidas no nordeste (http://www.slowfoodbrasil.com/content/category/5/31/95/ ), e que lembro de caçar na praia com meu irmão para mamãe preparar farofa. Os Kaiapó, ao menos modernamente, não comem nada assim “diferente”, mas tem muitas restrições e crenças. Por exemplo: preguiça não pode ser comida de jeito nenhum, senão… quem come fica preguiçoso. Crianças pequenas de colo não podem comer macaco… ou vão querer ficar agarradas com as mães o tempo todo. Depois que crescem um pouco macaco já faz bem, especialmente macaco-prego. A parte mais importante é o cérebro, que a criança deve comer para ficar ágil. Tamanduá mirim é bom para cair da árvore e não se machucar.
Já os pais jovens precisam comer bastante tripa. Não descobri o porque. E quati faz bem para a potência, é o viagra local. Inclusive o homem que já não está lá estas coisas pode passar o myr do quati no seu próprio myr. Acho que nem preciso explicar o que é myr, né? Ah! Para sua segurança, se for tentar a técnica, lembre que o bichinho não pode estar vivo…
Fiquem na paz,
Protejam os quatis,