Os caciques Kaiapó são muito viajados. A maioria já viajou para o exterior, e alguns estão sempre viajando pelo Brasil. Na aldeia de Kendjan uma manhã o cacique se vira pra mim e diz: “Good Morning Doctor!” Eu fico perdido, sem saber o que responder e ele continua: “How Are you?” Aí respondi. “Very well” e ele disse… “Good”. No dia seguinte ele vem de novo: “Bonjour Doctor”. E eu respondi: “Cacique, francês eu não entendo”. Ele riu e continuou. “Pois é doutor. E eu estou precisando viajar para o exterior praticar outras línguas. Há muito tempo não viajo”. É para quem pode, né? Ou melhor… é para quem é índio!
Esta é a “casa” do Cacique Coronel Tuto Pombo, já falecido. Dá para ver que eles tinham dinheiro… Mas o conceito de posse deles é diferene do nosso. Uma casa é uma casa. Manutenção? Para que?
Eu sei o que causa de estranhesa nesta aldeia.
Estive lá, ainda quando o Coronel Pombo era vivo e os seus filhos (meios “brancos”) e guerreiros (em especial o Pidjô) tocavam o terror (literalmente) na cidade.