A comunidade estava toda enfeitada: faixa de boas vindas…
…pessoas animadas indo para lá e para cá. Hoje é o dia da principal competição: futebol. Os indígenas são loucos por futebol, tanto homens quanto mulheres. No futebol feminino…
…embora a maioria das jogadoras seja adolescente ou jovem, algumas senhoras se aventuravam, inclusive a goleira campeã, que flagrei tomando um gol.
No centro comunitário, havia a exibição da parichara, dança típica, e depois, o forró na maloca, que rolava noite adentro até o galo cantar ou o tuchaua reclamar. Para os que não sabem, tuchaua é o nome utilizado para designar o cacique nestas terras do norte.
Ao redor do centro, diversas barraquinhas dos próprios indígenas. Aliás, no convite a recomendação era bem clara: “Vendedores ambulantes não serão aceitos”.
Embora fosse “festa de índio”, tinha muita gente de fora, olhando, comendo, bebendo, se divertindo, em uma ótima integração. Nós, forasteiros, éramos olhados com o mesmo olhar curioso que olhávamos, em busca das novidades, especialmente pelas crianças, ansiosas pelo diferente, e pelos idosos, olhos cansados de luta, pele morena sulcada por horas de trabalho a fio sob o sol.
Estive em Boa Vista no fim de outubro de 2013, comi damurida no Bar Meu Cantinho Histórico,
fica em frente da Orla Taumanam, numa esquina praticamente ao lado da histórica igreja Matriz.
Gostei muito. Muito apimentada, mas saborosa.
Abs
Hilton
Vitória – ES