Embora chova muito, o público lota o anfiteatro do Museu da Amazônia até literalmente transbordar de gente. Jovens, casais com crianças, idosos, aquelas figuraças de sempre com cara de “saudade de Woodstock” e até um grupo de freiras. Os artistas entram no palco sob uma platéia enlouquecida. O show começa com os três cantores e a platéia canta acompanhando cada musica. Assim acontece em cada show de Zeca Preto, Eliakin Rufino e Neuber Uchôa, representantes máximos do movimento cultural Roraimeira e por isso mesmo conhecido como Trio Roraimeira.
A partir de suas carreiras solo, os artistas e amigos construíram com artistas plásticos, fotógrafos e dançarinos o Movimento Roraimeira, que traduz em arte o sentimento de ser e se sentir roraimense. E não pensem que é pouco para um estado que abriga tanta gente de fora, afinal, como diz Neuber Uchôa “quem é filho do norte, é neto do nordeste…” E assim os cantores-compositores-poetas vão contando seu amor pela terra de buritizais e lavrados sem fim, falam da natureza dos cavalos selvagens e das morenas de cor e sabor de pimenta. Cantam a praia grande, o inverno de chuvas, a serra de pacaraima, os índios-parentes, a pedra pintada e um sem número de novidades para quem vem de fora. Damurida, cruviana, capitiana, chibé, parixara, caxiri… integrantes do universo mágico e real dos Roraimeira, dos roraimenses e dos roraimados, que é quem acabou de chegar e de se apaixonar pelos sons da terra de Makunáima.
Quer conhecer? É meu convidado!!!
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