A comunidade mais próxima fica a duas horas de distância de voadeira, quando o tempo está bom. Se o motor espanta as aves, não impede de vê-las bailando em sua fuga pelos céus. O reflexo das matas e do azul do céu nas águas castanhas me faz rezar e agradecer por cada instante que quero que se prolongue para sempre em minha memória.
No caminho passamos por uma cachoeira onde os barcos não passam na época de seca e onde hoje vemos somente as pedras mais altas. Após cerca de mais uma hora o rio se alarga e surgem várias pedras em um remanso. Crianças tomam banho e ao alto vejo uma pequena casa.
Descubro que o paraíso tem várias moradas quando paramos e percebemos a fartura. Mamão, laranja, ingá, coco, limão, urucum, goiaba, cana, batata, mandioca, manga, algodão, abóbora, melancia… pode plantar que dá. E também dá criança. Como tem criança! Sinto-me em um mundo isolado e único.
Maravilha ir trabalhar com esta paisagem….
Parabéns!
Gostaria de obter as coordenadas de localização desta Comunidade. Trabalho no Iphan e recebi uma notificação da existência de sítios arqueológicos nesta localidade em risco de destruição.