Andamos o tempo todo, e o que achávamos que iria acabar ao chegarmos aqui continua: subimos e descemos. Compensa pois os cenários são deslumbrantes e se sucedem, fazendo com que cada trecho seja único. As formações rochosas são distintas umas das outras com seus múltiplos formatos, as plantas são únicas, com alto grau de endemismo (ou seja, só existem aqui). É difícil descrever o que vejo, e nem com mil fotos conseguiria expressar a grandeza e riqueza de cenários.
O Roraima é velho. Muito velho. Os cientistas dizem que estas montanhas faziam parte do Continente Único, de milhões de anos atrás. Ao redor do topo de cada uma destas montanhas havia mar, eram ilhas. O mar baixou, mas os topos continuaram isolados, agora ilhas cercadas de nuvens. Não há dúvida que efeito de milhões de anos é capaz de muitas coisas… e velho deste jeito o Roraima tem rugas e cicatrizes. As dobras da montanha criam formas conhecidas: esquilos, macacos, cachorros, tartarugas, carros, índios e até Darth Vader.
OBS: Este post faz parte do texto integral das Impressões Amazônicas 65