“bebe caxiri,
bebe macuxi.
come malagueta e come murupi,
quem sabe do sabor é indio macuxi”
O forró, da banda indígena Caxiri na Cuia, está na boca de todos em Roraima e confirma o que vamos experimentar. Da escadinha de dez filhos de Genésio e Eliane, oito estão lá. Mais a equipe de saúde e alguns vizinhos, logo a pequena varanda fica cheia de risos e crianças correndo. Chega mais gente e as brincadeiras sobre a resistência dos não-indígenas a damurida são as piadas da vez. Não existe nunca reunião fechada em aldeia. A solidão está sempre acompanhada.
Galinha cozida, lá vem a damurida – embora todos digam que “damurida de dia seguinte é mais gostosa”, mais encorpada. Para acompanhar farinha feita lá mesmo, grossa, amarela, servida na mão; beiju de tapioca, tradicional, seco no telhado; caxiri. Caxiri na cuia. Encorpado, de batata amarela, ainda pouco fermentado.
Este post faz parte das Impressões Integrais 78