Busco a seiva por trás da casca de concreto. Museus, centros culturais, exposições, restaurantes, shows, templos, cultura para quem quiser. Para todos os gostos. Para todos os bolsos. Para todos os credos. Para todos os times. Para todos os tudos. Para alcançar o tudo que quero tenho que entrar no ritmo. Não adianta andar. Em São Paulo, há que se fazer como os paulistas. Não se anda. Se corre. Se corre para atravessar a rua antes dos carros, para chegar mais rápido no ponto de ônibus, para ser o primeiro a almoçar, para chegar ao topo da escada rolante – e nela, se está cansado ou com calo nos pés, fique parado a direita que a esquerda vão os que correm. Parece que todos praticam o esporte favorito dos paulistas: correr, ainda que muitas vezes de pasta e gravata.
Correndo para onde? Não há fim da linha. Ou há?
Este post faz parte das Impressões Integrais 79