A música espanta a solidão de quem vive sozinho e talvez espante o sobrenatural:
– Aqui não tem fantasma, mas tem visagem. Muita alma de gente que
morreu nestas bandas. De noite escuto barulho de gente lavando pedra
no rio. E atiram pedra na minha casa, mas nunca vi ninguém. As "alma"
viram tamanduá, e viram trovão quando davam muito tiro.
Pergunto por mulheres e ele desconversa do presente e volta para o passado.
– Aqui tinha muita mulher. Eram mais de 450. Tinha mulher de Manaus,
de São Paulo, do Pará. E só "gata bonita". Umas até ficaram ricas. As
feias eram só pra quebrar um galho.
Esta ponte segue para a casa de Seu Januário
Este post faz parte das Impressões Integrais 82