Hora de ir embora. Espalho o protetor solar, tiro o boné da mochila e… o pastor nos oferece uma carona. Somos cinco além dele. O carro é um velho Fiat Uno. As pirambeiras me fazem pensar em uma montanha russa. Chega a rampa mais alta, acho que não vai conseguir. Motor 1.0. Carro pesado. O pastor aumenta o volume do som, que espalha hinos para fora da janela e pelo furo do teto, certamente faz uma oração em silêncio e ronca o motor. Logo estamos no alto. Se passamos por ali, o resto será fácil: buracos, crateras, descidas íngremes e até um rio atravessamos. Só pela fé mesmo.
O Pastor Loudo e seu Uno. Muita fé e ventilador de bordo.
Este post faz parte do texto integral das Impressões Amazônicas 86