O Museu é o sonho realizado pelo padre Gallo, italiano que desembarcou no interior do Marajó como missionário jesuíta, e fez dos campos alagados a sua casa. Misturando história, geografia e cultura, o Museu apresenta peças de cerâmica marajoara ao lado de fotografias e peças típicas, como antigas lamparinas, ferramentas e cestos. O popular também encontra seu espaço, com orientações sobre medicina tradicional, lendas e “causos”, feitiços e mandingas.
Para facilitar o entendimento do povo simples local, tudo é interativo. São os “computadores caboclos”, inventados pelo Padre e executados pelo seu Altacir, que nos apresenta o museu. Quer saber o significado de algum nome do Marajó? Escolha a “tecla de madeira”, vire e encontre. Por exemplo: Marajó é “barreira do mar”. Quer saber sobre os povos que viveram na ilha? Vire a grande manivela de madeira e as informações vão se sucedendo os antigos marajoaras. Eu fotografo, mexo nos computadores, faço a “pescaria da saúde” (procuro meu problema, puxo o cartão e encontro a solução através das práticas tradicionais) e ainda sou bicado por uma curicaca que circula no jardim, guardiã do museu. Tudo simples, acessível e instrutivo, como sonhou o Padre Gallo.
Este post faz parte das Impressões Integrais 90