Aqui em Cavalcante comemos na padaria caseira de Dona Helena. O preço é pra lá de convidativo, mas o sabor é o que nos conquista. Não tem muita variedade: diariamente pão, pão de queijo, “quebrador”, café e leite. Dois sabores de bolo variam a cada dia e pode surgir também algo novo, como um biscoito de queijo. Vale a prosa e para observar o movimento.
Pórtico de entrada de Cavalcante!
A deliciosa padaria da Dona Helena.
Nosso guia Catitu e sua filha Calliandra.
Hoje é nosso último dia e seu marido que vem nos atender. Logo puxa conversa e pergunta de onde viemos e para onde vamos. Talvez inspirado pelas perguntas tão filosóficas ele para fitando a distância e nos diz: “Sabe que eu nunca fui a nenhuma destas cachoeiras?!?”. Pergunto a quanto tempo mora na cidade e ele me responde: “Há mais de quarenta anos vivo aqui. Quando era novo a gente queria ir, mas tudo era muito longe, a gente não tinha carro. Agora tenho carro, mas já não tenho mais vontade de ir a rio nenhum…”. Me recordo de Camões… “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades… todo o Mundo é composto de mudança… o tempo cobre o chão de verde manto, que já coberto foi de neve fria…”
Este post faz parte das Impressões Veadeiras 97 – Confira clicando aqui!